A Igreja Reafirma o Dever de Cuidar dos Pobres na Jornada Mundial
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Instituída pelo Papa Francisco, a Jornada Mundial dos Pobres tem se firmado como um dos momentos mais significativos do ano litúrgico para toda a Igreja. Celebrada sempre no 33º Domingo do Tempo Comum, ela é um convite para que os fiéis retomem o Evangelho em sua essência: a caridade concreta, o olhar compassivo e a proximidade com os que mais sofrem.
Um dia para recordar o que deveria ser vivido todos os dias
A Jornada não é apenas uma data; é um apelo espiritual. O Papa recorda que a pobreza não pode ser tratada como estatística, mas como rosto, nome e história. A Igreja, fiel ao mandato de Cristo, sempre reconheceu nos pobres a presença viva do Senhor, como ensina o Evangelho:
“Tive fome e me destes de comer” (Mt 25,35).
Assim, esta celebração anual deseja reacender no coração dos cristãos a responsabilidade de amar com gestos concretos, inspirando ações que ultrapassem apenas um momento do calendário.
Tema e mensagem deste ano
A cada edição, o Papa apresenta um tema específico que ilumina a reflexão. Neste ano, a mensagem destaca que a esperança nasce quando nos aproximamos do irmão necessitado, e que a verdadeira grandeza da Igreja não está em estruturas, mas em mãos estendidas, portas abertas e corações sensíveis.
O Santo Padre lembra que ajudar não é um ato de superioridade, mas de fraternidade: somos todos pobres diante de Deus, e é Ele quem nos enriquece com Sua graça. Assim, cuidar dos mais vulneráveis é reconhecer nossa própria necessidade d’Ele.
A pobreza que clama e a Igreja que responde
A Jornada também convida a olhar para as diversas formas de pobreza presentes em nosso tempo:
– a material, marcada pela falta de alimento, moradia e trabalho;
– a emocional, fruto da solidão e do abandono;
– a espiritual, quando falta sentido, fé e esperança.
A missão da Igreja é atender a todas, oferecendo alimento, acolhimento, escuta, direção espiritual e, sobretudo, presença.
Cada comunidade cristã é chamada a ser sinal do amor de Deus, realizando gestos simples, mas profundos: campanhas de arrecadação, visitas, auxílio emergencial, iniciativas de escuta e acompanhamento, além de celebrações que recordem a dignidade de cada pessoa.
A Jornada Mundial dos Pobres não é apenas uma data de solidariedade, mas um convite permanente à santidade. O Papa nos exorta a viver “um estilo de vida evangélico”, no qual a compaixão se torna caminho, e o serviço, expressão autêntica da fé.
Que Cristo, pobre e humilde, fortaleça nosso propósito de sermos instrumentos de Sua misericórdia.
E que Maria, Mãe da Igreja, interceda por todos os que sofrem, para que encontrem consolo e esperança.