Setembro, Mês da Bíblia: história e significado para a Igreja

O Mês da Bíblia é celebrado pela Igreja no Brasil, todos os anos, no mês de setembro. Ele nasceu em 1971, por iniciativa da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), com o objetivo de incentivar a leitura, o estudo e a vivência da Palavra de Deus.

No início, a proposta era preparar melhor os fiéis para a Catequese e para a Pastoral Bíblica, ajudando as comunidades a compreenderem a Sagrada Escritura não apenas como um livro de fé, mas como luz para a vida cristã.

Dois anos depois, em 1973, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) abraçou oficialmente a iniciativa, estendendo-a a todas as dioceses do país. Assim, setembro passou a ser, em todo o Brasil, o Mês da Bíblia, com temas e lemas escolhidos a cada ano para aprofundar um livro ou aspecto da Palavra de Deus.

A escolha de setembro não foi por acaso: no dia 30 de setembro a Igreja celebra São Jerônimo, grande tradutor da Bíblia para o latim (Vulgata), e considerado o Padroeiro dos estudos bíblicos.

Desde então, a cada ano, a CNBB propõe:

Um tema bíblico, normalmente baseado em um livro ou conjunto de livros da Sagrada Escritura.
Um lema, geralmente um versículo que ilumina a vida cristã.

O Mês da Bíblia é, portanto, um tempo especial de aprofundamento, oração e compromisso com a Palavra, para que todos os fiéis possam conhecê-la melhor, meditá-la e colocá-la em prática no dia a dia.

Tema do Mês da Bíblia 2025

Livro-base: Carta aos Romanos

Lema: “A esperança não decepciona” (Romanos 5,5)

A Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB preparou o material oficial do Mês da Bíblia 2025 centrado na Carta aos Romanos, com o lema inspirado em Romanos 5,5: “A esperança não decepciona”, em sintonia com o Jubileu da Encarnação de 2025, convocado pelo Papa Francisco .

Como explica o Arcebispo Dom Leomar Antônio Brustolin, em artigo publicado em 25 de agosto de 2025, o tema ressoa profundamente com o Jubileu, pois o Papa Francisco também escolheu esse versículo para inspirar o período jubilar. É um convite espiritual para que a Igreja descubra a força da verdadeira esperança cristã — a fé e o amor encarnados em Cristo .