Um Santo para os Nossos Tempos: São Josemaria Escrivá

São Josemaria Escrivá: o Santo do Cotidiano e o Apóstolo da Santidade no Trabalho

No cenário da santidade do século XX, destaca-se uma figura que soube unir o ordinário ao eterno: São Josemaria Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei. Nascido em 1902 e canonizado em 2002 por São João Paulo II, Escrivá nos deixou como legado uma espiritualidade profundamente enraizada na vida cotidiana, voltada para a santificação do trabalho, da família e das pequenas tarefas de cada dia.

Seu ensinamento central é simples, mas revolucionário: “Deus nos chama à santidade no meio do mundo” — não apenas nos conventos ou nos púlpitos, mas no escritório, na fábrica, na sala de aula e na cozinha.

Biografia resumida

Josemaria nasceu em Barbastro, Espanha, em 9 de janeiro de 1902. De família cristã, cresceu em um lar de fé sólida. Ainda jovem, sentiu-se profundamente tocado ao ver as pegadas de um carmelita descalço na neve — sinal de uma vida entregue a Deus. Aos 23 anos, foi ordenado sacerdote.

Em 1928, durante um retiro espiritual em Madri, teve uma forte inspiração interior que marcaria sua missão: fazer com que os cristãos redescobrissem a vocação universal à santidade. Nascia ali o embrião do Opus Dei (do latim: “Obra de Deus”).

A missão do Opus Dei: a santidade no cotidiano

Escrivá compreendeu, por graça divina, que todo batizado é chamado a ser santo — não apesar do mundo, mas no mundo. Isso inclui o trabalho profissional, a vida familiar, as amizades, o sofrimento, o lazer… tudo pode ser oferecido a Deus.

Essa espiritualidade se expressa em três pilares:

Unidade de vida: ser o mesmo cristão na igreja e no trabalho.
Santificação do trabalho: fazer com perfeição humana e sobrenatural tudo o que se faz, oferecendo a Deus.
Vida de oração e sacramentos: alimentar-se da graça para sustentar o dia a dia.

Frutos espirituais e apostólicos
Desde os anos 1930, milhares de leigos e sacerdotes passaram a seguir essa espiritualidade. O Opus Dei cresceu, mantendo sempre a fidelidade à Igreja e ao Papa. Hoje está presente em mais de 90 países.
São Josemaria exerceu uma influência profunda na vida de incontáveis pessoas, inspirando profissionais, pais e mães de família, jovens estudantes, trabalhadores humildes e até chefes de Estado a viverem sua fé com autenticidade no dia a dia.

Além de sua atuação pastoral, Escrivá deixou obras que se tornaram verdadeiros clássicos da espiritualidade cristã contemporânea:
- “Caminho” – 999 pontos de meditação breve sobre a vida espiritual.
- “Sulco” e “Forja” – continuação do estilo do “Caminho”, com grande profundidade humana e teológica.
- “Cristo que passa” e “Amigos de Deus” – coletâneas de homilias sobre temas fundamentais da fé.
Estas obras são acessíveis, práticas e profundas, refletindo o espírito de oração, amor a Deus e zelo pelas almas.
Um exemplo para os tempos modernos
Vivemos em um mundo marcado por distrações, pressa, confusão moral e crise de identidade. São Josemaria nos recorda que a santidade não é para poucos, mas para todos; que é possível amar a Deus plenamente no meio do trânsito, dos e-mails, da criação dos filhos ou da lida doméstica.
Sua vida e sua doutrina mostram que a vida cristã é um caminho de heroísmo escondido, vivido com humildade, constância e amor.

Canonização e legado eterno

São Josemaria Escrivá faleceu em 26 de junho de 1975, em Roma. Em 6 de outubro de 2002, foi canonizado por São João Paulo II, que o chamou de “o santo do cotidiano”.

Seu túmulo na Igreja Prelatícia de Santa Maria da Paz, em Roma, recebe todos os anos milhares de peregrinos que agradecem graças recebidas e buscam inspiração para sua vida.

Mais informações e contéudos da Opus Dei e São José Maria Escriva: https://opusdei.org/pt-br/

“Todas as coisas da terra podem e devem conduzir a Deus” — São Josemaria Escrivá.